Diz a lenda que no sistema democrático qualquer um pode concorrer a cargos no governo. Que, caso a população queira algo, assim os políticos que os representam irão proceder. Que os serviços que ele produz são direcionados para atender a demanda do povo.
Porém o estado é um agregado de monopólios. Seu método é a força: a compulsão do consumidor e a proibição da concorrência. O sistema político, em si, é cartelizado – não é qualquer um que pode criar um partido e concorrer. Os políticos, protegidos por todo tipo de legislação, estão isentos das consequências de não dar ouvidos à população. Tão pouco são os serviços do Estado direcionados à demanda popular. Pelo contrário: ele obriga a população a pagar por seus serviços, os privando do seu dinheiro justamente adquirido e da escolha de quais serviços prefeririam. O estado os proíbe de usar os serviços que querem e os obriga a usar os seus.
O que o Estado nos promete é empreendedorismo – maior liberdade de escolha, maior concorrência, produção guiada pela demanda. Porém o que nos entrega é o oposto: controle, proibição e compulsão. O fato que a população associa as qualidades positivas que ela de fato deseja não com maior liberdade, mas com "um Estado forte" mostra a total inversão de conceitos presente. A liberdade e o livre mercado é vaiado em nome, apesar de ser o que desejam na prática. Já o Estado que tanto os prejudica é desejado em nome, apesar de ser o responsável por suas vaias na prática.
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